Tiroteio na Rocinha deixa mortos e moradores sem luz

Os sete mortos no confronto deste sábado engrossam as estatísticas de violência na Rocinha. Em seis meses de ocupação, 59 pessoas foram mortas. De acordo com a polícia, estão entre as vítimas 55 suspeitos de ligação com o crime organizado, dois policiais, uma turista espanhola e um morador.

Um dos mortos foi identificado como Júlio Morais de Lima, de 23 anos. A irmã do rapaz não quis se identificar, mas garante que ele não tem envolvimento com o tráfico. Segundo ela, Júlio trabalhava como auxiliar de serviços gerais em uma churrascaria. "Meu irmão não era envolvido com o crime. Ainda não sabemos se ele foi morto quando saía ou chegava em casa. Mas, vamos atrás de Justiça para provar a inocência do meu irmão", disse.
A mãe de Matheus da Silva Duarte de Oliveira, de 19, disse que o filho estava em um baile funk quando foi baleado. "Eles chegaram atirando. Ele foi morto pelas costas, não teve chance. Meu filho tinha família, só Deus sabe o que eu estou sentindo, dói muito. O Matheus teve a vida interrompida, os planos. Isso tem que acabar, esta situação precisa dar um basta".

A favela da Rocinha já havia sido palco de confronto armado na última quarta-feira. Na ocasião, o soldado da PM Filipe Santos de Mesquita, de 28 anos, e um morador, identificado como Antônio Ferreira, conhecido como “marechal”, foram baleados e mortos. O enterro de “Marechal” está previsto para este sábado, no Cemitério do Caju. O soldado da PM foi enterrado na sexta, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap. O agente atuava na UPP Rocinha, e estava na corporação desde dezembro de 2015.
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