Exame diz que Jorge Picciani tem 'bom estado geral' e está 'levemente deprimido'

Jorge Picciani na sede da PF ao se entregar (Foto: Reproduçaõ / GloboNews)presidente afastado da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani (MDB), tem "bom estado geral" mas está "levemente deprimido", conforme atesta perícia médica obtida pelo G1.
O exame foi feito com base no pedido dos advogados de defesa para que ele seja transferido da cadeia José Frederico Marques, em Benfica, para a prisão domiciliar.
Pouco antes de ser preso, o presidente afastado da Alerj se submeteu a uma cirurgia para a retirada da bexiga e da próstata durante o tratamento de um câncer. Os advogados de Picciani argumentam que, com incontinência urinária, ele está debilitado e corre risco de infecções.
O laudo médico foi feito por um perito independente determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e enviado ao Minisério Público Federal (MPF). Em parecer assinado pela subprocuradora-geral da República, Claudia Sampaio Marques, o MPF insiste na manutenção da prisão.
"Na verdade, o que incomoda ao paciente, e tem lhe causado algum desconforto, é o uso das fraldas geriátricas e a circunstância de não ter no presídio o conforto que tinha em sua casa. Mas esse fato não é causa para a concessão do benefício pretendido [prisão domiciliar], pois não representa limitação da qual decorra a impossibilidade de sua permanência no sistema prisional", escreve a subprocuradora-geral da República, Claudia Sampaio Marques.
O laudo diz ainda que Picciani está lúcido e orientado, "mas levemente deprimido". Após quase 5 meses preso, o emedebista também teria emagrecido. De acordo com a subprocuradora, não há sinais que indiquem um possível quadro infeccioso e, por isso, não há razão para ele ir para casa.
"A possibilidade – hipotética – de o paciente vir a ter uma infecção não é fundamento para a concessão da prisão domiciliar. A concessão do benefício, nas condições em que se encontra o paciente – em bom estado de saúde e sem sinais de infecção - representaria um tratamento privilegiado em detrimento das milhares de pessoas que se encontram presas nas mesmas condições e até mesmo em situação mais grave que recebem a devida atenção e tratamento no sistema prisional", opina a subprocuradora.
Com base no exame médico, no parecer do Ministério Público Federal e no pedido da defesa de Picciani, o relator do caso no STF, Dias Toffoli, deve decidir nos próximos dias se Picciani segue preso.
Em janeiro, o MPF opinou sobre o processo e disse ter havido na Alerj um "monumental esquema de corrupção" iniciado nos anos 90 que durou até 2017. Ele, Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do MDB, foram presos acusados de receber a "caixinha da Fetranspor". As propinas pagas ao trio pelas empresas de ônibus foram de mais de R$ 100 milhões.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

VI SIMPÓSIO DE DIREITO ESPORTIVO OAB RJ

OAB Niterói homenageia advogados trabalhistas em solenidade a ser realizada dia 19 de junho

Prêmio Colunistas 2018. Entramos no Ano 51!